Historia da Rodoviaria Novo Rio


Durante um bom tempo, a rodoviária municipal do Rio de Janeiro era o Terminal Mariano Procópio, na Praça Mauá. Era um terminal muito pequeno para a imensa quantidade de linhas municipais, intermunicipais e interestaduais na Cidade Maravilhosa. Eram outros tempos, o aumento de empresas e linhas de ônibus era fato recente e não havia muito tempo em que as linhas de coletivos cariocas se dividiam em trolebuses, ônibus e lotações. Até o saudoso cartunista Carlos Estêvão (1941-1972), da revista O Cruzeiro, fazia piadas com o caos nos transportes coletivos cariocas.

Com todo o planejamento de reformas no transporte coletivo de Carlos Lacerda, várias idéias foram lançadas, já naqueles idos de 1962 a 1964. Muitos foram implantados pelo jornalista-governador da Guanabara, como a construção de novas vias (como o Túnel Santa Bárbara e o viaduto 31 de Março, que juntos ligam a Zona Portuária a Botafogo, com acessos a Catumbi, Av. Pres. Vargas, Central e Laranjeiras) e a criação de novas empresas de ônibus e a reestruturação das linhas (que incluiu uma mudança de seus códigos). Já se pensava na implantação do metrô nessa época e na construção de um novo terminal de ônibus estaduais e interestaduais.

Aos poucos, mudanças ocorreram. O metrô levou mais de quinze anos para ser inaugurado (e isso custou a demolição do histórico Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal, que até agora indigna muitos amantes do patrimônio histórico), as linhas de ônibus aumentaram o percurso (a Candelária deixou de ser destino final de muitas linhas, repassadas para terminais no Centro, e a Praça da Bandeira só virou ponto final de apenas uma linha, a 624 Praça da Bandeira / Mariópolis) e o excedente de empresas cariocas terminou com a absorção de empresas nanicas (como Francisco Sá, Tarumã, Lins, Méier e Caju) pelas empresas de porte médio.

A Rodoviária Novo Rio é um dos frutos desse debate durante o governo Lacerda. Mas não foi ele quem implantou. Quando a Novo Rio foi inaugurada, em 1965, Lacerda havia perdido seus direitos políticos, no ano em que ele já tinha pronta em sua mente toda uma campanha para a Presidência da República, abortada pelo prolongamento da ditadura militar instaurada em 1964.


A foto que vemos é da coleção de Adalberto Mattera, publicada no Toffobus, atribuída aos anos 70, com base naquele vício dos internautas de não precisarem a data de muitas fotos. Pelos ônibus vistos nesta foto, porém, dá para inferir que essa foto é de 1967.

Observa-se aqui, na esquerda da foto, um Eliziário de empresa não-creditada, e no centro um ônibus da Penha (empresa que existe até hoje e é associada à Itapemirim) e a extinta empresa paulista Única (não confundir com a homônima Única de Petrópolis, "siamesa" da Fácil, estas também com linhas para este terminal, e também existentes na época), que fazia um dos ramais para Rio-São Paulo concorrendo com a Expresso Brasileiro e Cometa. Hoje o ramal Rio-São Paulo é feito pelas empresas Expresso Brasileiro, Expresso do Sul (do grupo Cometa/1001), Itapemirim, mais a escala da linha Niterói-São Paulo da 1001. Fonte/foto: /classicalbuses.fotopages
Acontece que a cidade maravilhosa cresceu, e a Rodoviária ficou parada no tempo e sendo responsável por parte do congestionamento no trânsito da região, ela está totalmente enforcada, entre o canal, a virada do porto, e as construções que hoje perderam a finalidade de armazenamento, principalmente porque mudou o "modal" de armazenagem, com o advento dos Containers, por serem caixas de armazenamento de fluxo de transporte rápido, isto é de período de armazenamento, de estacionamento rápido, necessitam de espaços abertos e não de galpões. Os containers hoje são até frogorificados, com revestimentos especiais conforme as mercadorias que transportam. Há inclusive containers para transporte de gases. Os containers podem ser guardados em pilhas que conforme as mercadorias, podem ter grande alturas. Para tal basta ter um pátio de armazenagem, com capacidade de transito de carretas, o que não é o espaço que temos no entorno da Rodoviária. Hoje já está previsto também a movimentação de containers no porto de Itaguaí-Sepetiba.


Então toda a área portuária tem que ser remanejada para o porto de Itaguaí-Sepetiba, para que o desenvolvimento não atrapalhe as atividades rotineiras da Cidade Maravilhosa. Todos nós que transitamos pela Rodoviária percebemos a defasagem estrutural no Terminal, o já saturado espaço, poderia virar outros tipos de empreendimentos na área comercial, e não uma porta da entrada para os turistas que visitam o Rio.

O complexo da Rodoviária precisa ser revitalizado, e nessa área dos galpões contíguos a linha de trem, que recebiam diversos materiais junto a Leopoldina, e portanto junto aos viadutos dos Marinheiros e bem junto a Cidade Nova, precisam de investimentos da iniciativa privada, para que a região se desenvolva e afaste o lado sombrio existente no local. Atualmente o lugar se deteriora, com um lado subumano que restou aos desempregados que ficam a mascatear no entorno da Rodoviária.

Há um projeto de extrema importância para colocar a Rodoviária em Irajá, o que é bastante razoável. Ficaria mais perto da demanda, dos bairros do subúrbio, dos entrocamentos da Dutra e da Rio Petrópolis, mais junto de Nova Iguaçu e Caxias, de Campo Grande e Jacarepaguá. Este local tem um espaço físico e estrutural sufciente para possuir um Terminal Rodoviário de qualidade. E poderia também receber uma estação do metrô, onde os passageiros fariam uma integração com a atual estação de Irajá da Linha 2.

É um projeto que precisa sair do papel urgentemente, porque as cidades estão crescendo, e esta sendo sendo criado uma megalópole, e precisa de uma Logística de deslocamento em massa eficiente. As Megalópoles são o ponto crítico, inclusive ponto de grande acúmulo e fluxo de debates e consciência coletiva, de debates do futuro... Por isso merecem investimentos muito maiores para atender o crescimento da população. A situação do transporte no Brasil é caótica, tem muitos carros e caminhões circulando pelas ruas e estradas do país, e os investimentos em transporte coletivos são irrisórios, precisamos de transportes confortáveis e rápidos, mas infelizmente neste país investimento em infra-estrutura sempre fica em segundo plano.

Temos que Remodelar todo o entorno da atual Rodoviária e do Porto, pegando essa área dos galpões até a Leopoldina e fazer um bom investimento junto com a inciativa privada, desenvolvendo e gerando empregos para os cariocas, revitalizando a região que se encontra abandonada pelos Governos Estaduais e Minicipais. E fazendo uma conexão com as estações do Estácio e da Leopoldina, criando um embarque e desembarque com os trabalhadores do local.

Se melhorassem as outras rodoviárias de Nova Iguaçú e Caxias e as interligassem, seguramente a idéia de Irajá seria superada e assim a do Rio seria desativada com sucesso. E iriamos ter consequentemente um "desafogamento" do tráfego na Av.Brasil, Rodrigues Alves, Linha Vermelha e Amarela... Pois, os que querem a Rodoviária em Irajá, dizem que fica mais central devido a demanda e assim desafoga as rodovias... E os fluxos de pico, feriadões e fins de semana causariam um menor impácto na região. Fonte: Emanuel Basilio Jr

No Rio de Janeiro e na maioria das capitais brasileiras o serviço de transporte público é uma lotação mesmo! O passageiro paga caro para ser mal tratado! Mas agora isso pode mudar com riocard patrocinado!
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Pela superlotação, dá para perceber o tom da decadência.

A Rodoviária Novo Rio (oficialmente: Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro) foi construída em 1965 pelo então governador da então Guanabara Carlos Lacerda. Estrategicamente localizada – próxima ao Centro e às principais vias de entrada e saída do Rio de Janeiro (Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil e Linha Vermelha), a rodoviária facilita a mobilidade da população a diversos pontos da cidade.
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O terminal ocupa, hoje, uma área de cerca de 28 mil m² (considerando o edifício garagem) e conta com 1.300 colaboradores trabalhando nas diversas frentes de serviços em atendimento ao usuário, sendo 310 atuando nas áreas operacional, administrativa e de segurança.
Pela rodoviária circulam em dias normais cerca de 50 mil pessoas e, em épocas de feriados e datas comemorativas, esse número pode chegar até 80 mil/dia. No terminal operam 42 empresas de ônibus, com 51 bilheterias de vendas de passagens, 219 linhas (Sendo 48 linhas intermunicipais; 165 linhas interestaduais e 6 linhas internacionais) para quatro países. Recebe, por mês, 1.100.000 (um milhão e cem mil) passageiros.
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O Rio tem hoje uma rodoviária melhor que o principal aeroporto da cidade — uma constatação já feita pelo governador Sérgio Cabral, que em setembro de 2008 chamou o Galeão de "rodoviária de quinta". Os passageiros que usam o terminal de ônibus reinaugurado ontem após ampla reforma, conhecido há décadas pelas péssimas condições, agora dispõem de mais conforto e melhores serviços do que os oferecidos pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, submetido, a passos lentos, a obras de melhorias.


Links Uteis de Serviços de Transporte do Estado do Rio de Janeiro

A preferência dos usuários e a infraestrutura demonstram o contraste entre os dois terminais — e a inversão histórica de lugares no ranking do conforto. Em janeiro deste ano, por exemplo — mês que é auge da temporada turística todos os anos —, a rodoviária recebeu mais passageiros do que o aeroporto: 1,5 milhão de pessoas usaram a Novo Rio para sair da cidade, contra 1,1 milhão que embarcaram em aviões no Tom Jobim.
O novo saguão da rodoviária: mais claridade, caixas eletrônicos mais bem localizados e wi-fi de graça

 

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